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Peripécia
Já passaram 3 semanas desde que chegámos a Nangavaram, à organização de voluntariado. Pelo meio ficou a estadia de 4 dias na cidade de Pudukkottai, onde juntamente com a família do Sr. Ramswamy, presidente do ISSI, celebrámos o Diwali. Trata-se do maior festival hindu e tem uma enorme expressão na Índia, chegando a todos os cantos do país.
O Diwali tem como base uma lenda, segundo a qual, em tempos longínquos, um homem de mau caráter tinha como hábito incomodar todas as pessoas. Um dia, Shiva, um dos deuses Hindus, decidiu acabar com o sofrimento da população e tirou a vida a esse malfeitor. Nesse dia, toda a gente celebrou efusivamente e a tradição permanece até hoje. Desde a compra de roupas novas, à preparação de refeições mais elaboradas e ao rebentamento de engenhos explosivos variados, semelhantes a fogo de artifício, ninguém fica de fora deste acontecimento.
Pela manhã de sábado, num gesto de simpatia, a família do Sr. Ramaswamy resolveu oferecer-nos roupas novas, para que a nossa integração no espírito do festival fosse a melhor. Uma camisa de manga curta cor-de-rosa e um Dhothi (pano com dimensões de toalha de mesa usado como uma saia) fizeram de nós dois verdadeiros indianos! À noite, foi tempo de nos divertirmos com as pequenas bombas. Divertimento que se ia transformando em desastre. Afinal de contas, associadas a um Gap Year estão sempre as peripécias. Estava eu (André) a atear fogo a um dos engenhos (que supostamente deveria apenas fazer uma chama engraçada) quando, sem avisar, o danado rebenta. Previamente, já tinha testado uns dois ou três semelhantes ao anterior sem nunca obter resultados estranhos ao previsto. O que é certo, é que, durante breves segundos, fiquei com a audição extremamente reduzida e com o ritmo cardíaco deveras apressado. Ainda hoje estou para perceber como nem sequer um arranhão ficou para recordar o (in)feliz momento.
Durante a estadia em Pudukkottai, tivemos ainda oportunidade de visitar o templo dedicado a Shiva, considerado por muitos Hindus como o deus supremo. Nesse templo, o cheiro a incenso era intenso e por vezes misturava-se com um mau odor proveniente das águas paradas que tinham lugar no interior do local sagrado. Ao longo das galerias podia ouvir-se música religiosa Hindu, que, na nossa opinião, pouco tem de melodiosa. A atmosfera era estranha e suja ao ponto de criar em nós uma sensação de náusea. De qualquer das formas, foi bom fazer a visita. Toda a ornamentação e os detalhes do edifício valeram a pena de ser apreciados.
De volta a Nangavaram, temos continuado o nosso trabalho com as raparigas do curso de ajudante de enfermeira e as crianças.
Até logo!
Gostei bastante, muito descritiva. permite visualizar os momentos mais explosivos !!!!!!!!!! Continuem com essa garra.
Esperamos que toda a gente goste! Obrigado!
Caros Gaps, por cá estamos sempre atentos às vossas aventuras! Vamos sempre acompanhando e partilhando as crónicas e as fotografias! Boas aventuras!
Muito obrigado! Queremos que o máximo número de pessoas possível viaje connosco!