Celebração do Diwali 16/11/2013

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Peripécia

 Já passaram 3 semanas desde que chegámos a Nangavaram, à organização de voluntariado. Pelo meio ficou a estadia de 4 dias na cidade de Pudukkottai, onde juntamente com a família do Sr. Ramswamy, presidente do ISSI, celebrámos o Diwali. Trata-se do maior festival hindu e tem uma enorme expressão na Índia, chegando a todos os cantos do país.

 O Diwali tem como base uma lenda, segundo a qual, em tempos longínquos, um homem de mau caráter tinha como hábito incomodar todas as pessoas. Um dia, Shiva, um dos deuses Hindus, decidiu acabar com o sofrimento da população e tirou a vida a esse malfeitor. Nesse dia, toda a gente celebrou efusivamente e a tradição permanece até hoje. Desde a compra de roupas novas, à preparação de refeições mais elaboradas e ao rebentamento de engenhos explosivos variados, semelhantes a fogo de artifício, ninguém fica de fora deste acontecimento.

 Pela manhã de sábado, num gesto de simpatia, a família do Sr. Ramaswamy resolveu oferecer-nos roupas novas, para que a nossa integração no espírito do festival fosse a melhor. Uma camisa de manga curta cor-de-rosa e um Dhothi (pano com dimensões de toalha de mesa usado como uma saia) fizeram de nós dois verdadeiros indianos! À noite, foi tempo de nos divertirmos com as pequenas bombas. Divertimento que se ia transformando em desastre. Afinal de contas, associadas a um Gap Year estão sempre as peripécias. Estava eu (André) a atear fogo a um dos engenhos (que supostamente deveria apenas fazer uma chama engraçada) quando, sem avisar, o danado rebenta. Previamente, já tinha testado uns dois ou três semelhantes ao anterior sem nunca obter resultados estranhos ao previsto. O que é certo, é que, durante breves segundos, fiquei com a audição extremamente reduzida e com o ritmo cardíaco deveras apressado. Ainda hoje estou para perceber como nem sequer um arranhão ficou para recordar o (in)feliz momento.

 Durante a estadia em Pudukkottai, tivemos ainda oportunidade de visitar o templo dedicado a Shiva, considerado por muitos Hindus como o deus supremo. Nesse templo, o cheiro a incenso era intenso e por vezes misturava-se com um mau odor proveniente das águas paradas que tinham lugar no interior do local sagrado. Ao longo das galerias podia ouvir-se música religiosa Hindu, que, na nossa opinião, pouco tem de melodiosa. A atmosfera era estranha e suja ao ponto de criar em nós uma sensação de náusea. De qualquer das formas, foi bom fazer a visita. Toda a ornamentação e os detalhes do edifício valeram a pena de ser apreciados.

 De volta a Nangavaram, temos continuado o nosso trabalho com as raparigas do curso de ajudante de enfermeira e as crianças.

 Até logo!

4 thoughts on “Celebração do Diwali 16/11/2013

  1. Gostei bastante, muito descritiva. permite visualizar os momentos mais explosivos !!!!!!!!!! Continuem com essa garra.

  2. Caros Gaps, por cá estamos sempre atentos às vossas aventuras! Vamos sempre acompanhando e partilhando as crónicas e as fotografias! Boas aventuras!

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